quarta-feira, 5 de junho de 2013

A Lenda do Minotauro

Na mitologia grega, além de deuses e heróis (semideuses), existiam várias outras criaturas, muitas das quais formadas pela mistura entre seres humanos e animais. É o caso do Minotauro, o "touro de Minos". Minos pediu a Poseidon, o deus dos mares, que lhe ajudasse a tornar-se rei de Creta, pois o povo havia pedido um sinal de que Minos merecia o trono, e não seu irmão. Poseidon prometeu enviar um touro branco pelas águas do mar, mas em troca pediu que Minos o devolvesse, sacrificando-o e jogando-o novamente ao mar. Minos ficou tão deslumbrado com a beleza do touro que, após tornar-se rei, resolveu matar outro animal em seu lugar. Troca, no entanto, foi percebida, e o deus, enfurecido, fez com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Dessa paixão nasceu Minotauro, com corpo de homem e cabeça e cauda de touro. Com medo da criatura, o rei Minos ordenou a construção de um grande labirinto que se tornou a morada do Minotauro. A segunda parte do mito conta que o rei Minos, após ter um de seus filhos morto pelos atenienses, declara guerra a Atenas.
Vitorioso, exige que de tempos em tempos sejam enviados sete moços e sete moças atenienses para serem devorados pelo Minotauro. Teseu, filho de Egeu, rei de Atenas, decidido a acabar com tal crueldade, oferece-se para o sacrifício. Com a ajuda de Ariadne, filha do rei Minos que se apaixonara por Teseu, o herói ateniense entra no Labirinto, desenrolando um novelo de lã que Ariadne segurava na entrada da morada do Minotauro. Com sua força descomunal, Teseu, com um único golpe na cabeça, matou o Minotauro. Orientando-se pelo fio de lã, conseguiu sair do labirinto.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Lenda da Guerra de Troia

A GUERRA SEM FIM (Guerra de Tróia)
A guerra de Tróia talvez nem tenha acontecido. Se aconteceu, a causa pode não ter sido o rapto de Helena. Como pode não ter existido o famoso cavalo de madeira que iludiu os troianos: quem sabe os gregos atacaram pelo mar.
"Quando a lenda fica mais interessante do que a realidade, publique-se a lenda". (John Ford, cineasta americano, pela boca do jornalista personagem do seu clássico O Homem que Matou o Facínora). Melhor exemplo dessa verdade não existe do que a Guerra de Tróia. Com seu cavalo fantástico, o rapto de Helena pelo apaixonado Páris, o herói Aquiles e seu calcanhar vulnerável, os deuses e as deusas do Olimpo assanhadíssimos, divididos entre gregos e troianos e fazendo, periodicamente, com que a sorte favorecesse um ou outro lado graças aos seus poderes divinos. Tudo isso está contado na Ilíada, poema épico de Homero, escrito aí pelo século IX a.C. Mais recente e quase tão fantasiosa quanto a lenda que pretende conferir, é a batalha travada há bem uns cem anos por historiadores e arqueólogos em torno do que haveria de verdade nos episódios narrados por Homero. A lenda conta que a guerra foi provocada pelo rapto de Helena, a filha de Tíndaro, o rei de Esparta. Helena era tão bonita, tinha tantos pretendentes, que seu pai já previa alguma coisa desse tipo, tanto que promoveu uma grande reunião de todos os interessados e obteve deles um compromisso: qualquer que fosse o escolhido por Helena, os demais se comprometiam a defender o casal contra as ofensas que pudesse sofrer.
Helena escolheu Menelau, que graças a essa preferência tornou-se, além de seu marido, rei de Esparta. E a vida correu feliz e serena até o dia em que Páris, filho do rei de Tróia, Príamo, conheceu Helena e por ela se apaixonou. Páris não tinha sido um dos pretendentes preteridos, não estava amarrado ao compromisso por Tíndaro, e fez o que era muito comum na época: raptou Helena e levou-a para Tróia. O gregos até que tentaram negociar e esquecer o episódio, mas os troianos não aceitaram. Assim, Agamenon, irmão do ofendido Menelau, convocou todos os antigos pretendentes à mão de Helena, lembrou-lhes o pacto de fidelidade e organizou a primeira expedição contra Tróia. Foram dez longos anos de luta em que a sorte ora pendeu para um lado, ora para outro. E acabou sendo Ulisses, um guerreiro grego sem nenhum poder extraordinário, a não ser uma cabeça fértil para inventar truques e expedientes, quem pensou no estratagema que os levaria à vitória: construir um grande cavalo de madeira, capaz de abrigar, em seu interior, alguns guerreiros.
Os troianos, que consideravam o cavalo um animal sagrado, recolheram o presente deixado diante do portão de suas muralhas, acreditando ser um reconhecimento da derrota por parte dos gregos, e passaram a noite comemorando a vitória. Os soldados escondidos dentro do cavalo aproveitaram a festa para sair, abriram os portões e Tróia foi invadida e destruída. Nasceu aí a expressão presente de grego

A Origem de Portugal



A ORIGEM DE PORTUGAL

Portugal e Espanha foram os países que mais se destacaram nas Grandes Navegações, sendo os portugueses pioneiros da expansão marítimo-comercial européia. Para entendermos os motivos desse pioneirismo, é necessário conhecer um pouco da história portuguesa.
A Península Ibérica foi habitada por inúmeros povos, como iberos, fenícios, gregos, cartagineses e romanos (conquistada por Roma no séc. III a.C., a península sofreu o processo de latinização).
No séc. V, durante as invasões bárbaras que assolaram o Império Romano, os Visigodos dominaram a região e, posteriormente, converteram-se ao Cristianismo.
No séc. VIII os Mouros, empenhados na Guerra Santa, atravessaram o Estreito de Gibraltar e conquistaram grande parte da península. Com a conquista muçulmana, os visigodos, agora um povo cristão, foram expulsos para o norte da península, onde organizaram um movimento para expulsar os invasores: as “Guerras de Reconquista”. Durante a Reconquista, surgiu Portugal.

O CONDADO PORTUCALENSE

No norte da península, os antigos visigodos fundaram vários reinos cristãos, como Leão, Castela, Aragão e Navarra. A Reconquista foi chefiada por D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, auxiliado por D. Henrique de Borgonha, nobre francês. Este, como recompensa pela ajuda oferecida ao rei, recebeu a filha do soberano em casamento, além de lotes de terra. D. Henrique de Borgonha casou-se com D. Teresa, ganhando o Condado Portocalense, localizado ao sul do rio Minho. Como era comum naquela época, ao receber as terras, o nobre, além de genro, tornou-se vassalo de D. Afonso VI.
Com a morte de D. Henrique, o Condado Portucalense passou para seu filho, Afonso Henriques, que o libertou da vassalagem de Leão e Castela, tornando-se seu primeiro Rei. Sua coroação deu início à primeira dinastia de reis portugueses, a de Borgonha (1139 a1383), e foi responsável pelo surgimento do Reino de Porto Cale, mais tarde, Portugal.
Nesse período, os Mouros foram expulsos do antigo Condado Portucalense, cujo território foi ampliado, desenvolvendo-se a agricultura no interior e a pesca, no litoral. Os portugueses passaram a realizar intenso comércio com outros povos, como ingleses, flamengos e italianos. Algumas cidades portuárias, como Porto e Lisboa, transformaram-se em grandes centros comerciais e a economia deixou de se basear apenas na agricultura.
Enquanto Portugal afirmava sua soberania de reino independente em relação à Castela, surgiu um tímido feudalismo, que passou a conviver com uma classe de mercadores cada vez mais rica.

A REVOLUÇÃO DE AVIS

Com a morte de D. Fernando, em 1383, abriu-se uma crise de sucessão dinástica, uma vez que ele não deixou herdeiros homens. Tinha apenas uma filha, Beatriz, casada com o Rei de Castela.
Para a nobreza, era de grande importância que Portugal voltasse a pertencer a Castela, pois isto lhe traria grandes privilégios. Para a burguesia, porém, não havia nenhum interesse: a anexação poderia trazer obstáculos o seu desenvolvimento. Para o povo (chamado de arraia-miúda), a anexação era sinônimo de opressão.
Como conseqüência dos fatos, estourou a Revolução de Avis (1383-1385), considerada uma das mais importantes da história portuguesa. Na disputa pelo trono, formaram-se dois grupos: o primeiro, chefiado por D. Leonor Teles, viúva do Rei D. Fernando, recebeu apoio da nobreza lusitana. Ao ficar viúva, D. Leonor havia proclamado rei de Portugal seu genro, o Rei de Castela. O segundo grupo se opunha à anexação de Portugal por Castela. Chefiado por D. João, mestre da Ordem de Avis, e auxiliado pelo chefe militar Nuno Álvares Pereira, contava com o apoio da burguesia e do povo.
A revolução terminou em 1385, com a Batalha de Aljubarrota, sagrando-se vencedor o segundo grupo. D. João de Avis foi coroado rei, tendo início a segunda dinastia portuguesa, a dos reis de Avis (1385-1580).
Com a vitória de D. João, a nobreza foi dominada, uma vez que apoiara o grupo chefiado por D. Leonor Teles. A burguesia, que se colocara ao lado do Rei vitorioso, ascendeu ao poder, tornando-se grande aliada da Coroa.
Através da Revolução de Avis, Portugal transformou-se no primeiro Estado Moderno da Europa, uma Monarquia Nacional, onde o poder político estava centralizado nas mãos de um rei e não mais fragmentado nas mãos da nobreza.
Foi durante o governo dos soberanos da família real de Avis que a expansão marítimo-comercial portuguesa se realizou. Durante esse período, Portugal reuniu as condições necessárias para se formar a primeira nação européia a se lançar nos empreendimentos marítimos, pois contava com uma Monarquia centralizada, com um poderoso grupo mercantil, aliado da coroa e ansioso por expandir seus lucros com a abertura de novos mercados, e com uma excelente posição geográfica, além da ausência de conflitos internos e externos.
(Brasil- Recuperando nossa História- Antonio Carlos Meira)

Expansão Marítima Europeia - Resumo


REIS FORTES, BURGUESIA RICA, NAVIOS AO MAR

A expansão marítimo-comercial europeia, iniciada no século XV, resultou das transformações pelas quais a Europa atravessava, provocadas pela crise feudal e pelo advento do capitalismo. A Ásia foi o primeiro alvo das expedições, porém quase todas as rotas comerciais do Oriente existentes até então encontravam-se controladas pelos mercadores mulçumanos e italianos; a situação se agravou quando os turcos otomanos, mulçumanos, tomaram Constantinopla, em 1453, e fecharam aquele caminho de passagem para o comércio oriental. Portanto, era preciso romper esse monopólio encontrando outros caminhos possíveis entre a Europa e a Ásia.
A ampliação dos mercados, no entanto, só se concretizaria se fosse resolvida a crise financeira decorrente da escassez de metais, que provocou a redução da oferta de moedas e, ao mesmo tempo, contribuiu para impulsionar os Estados europeus rumo aos projetos expansionistas.
O apoio dos Estados nacionais modernos e a aliança entre o rei e a burguesia foram os principais responsáveis pela expansão marítima, pois somente um Estado centralizado conseguiria arrecadar e encontrar recursos necessários para concretizar o projeto expansionista. Isso foi feito, principalmente, por meio de arrecadação de impostos, pagos pela burguesia, que dispunha de recursos para investir nas empresas marítimas.
Portugal foi o primeiro país a reunir condições necessárias para se lançar ao mar: tinha um Estado centralizado e uma burguesia mercantil forte e disposta a investir na expansão.
Enquanto se desenrolava a expansão portuguesa, os reis católicos Fernando e Isabel, após organizarem o Estado nacional espanhol, investiram no projeto do genovês Cristóvão Colombo, que, pretendendo chegar a Ásia navegando em linha reta de Sevilha para o Ocidente, encontrou casualmente a América. Colombo chegou às Antilhas em 1492 e ainda fez outras três viagens à América, sempre acreditando estar em algum ponto da Ásia.
Em 1519, o português Fernão de Magalhães, trabalhando para a Espanha, iniciou a primeira viagem de circum-navegação da Terra.
Ao contrário dos portugueses (que permaneceriam explorando o litoral das terras que conquistavam), os espanhóis adentraram nas terras americanas, em busca de riquezas.
A corrida expansionista entre Portugal e Espanha resultou em um conflito diplomático pela posse das terras descobertas pelas duas potências. O impasse foi solucionado com o Tratado de Tordesilhas (de 1494), segundo o qual as terras encontradas seriam divididas por uma linha imaginária traçada a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, sendo portuguesas todas as terras descobertas ou por descobrir que estivessem a leste da linha; à Espanha, caberiam todas as terras a oeste da demarcação.
Em 1498, Vasco da Gama, em nome da Coroa portuguesa, atingiu com sua frota o porto de Calicute, na Índia, contornando a costa da África.



CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO MARÍTIMA

As mais importantes consequências as expansão foram:
• O acirramento das disputas entre as potências expansionistas, principalmente depois da assinatura do Tratado de Tordesilhas;
• O deslocamento do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico, a valorização do capital comercial e da posse de metais e moedas e a acumulação de capitais na mão da burguesia europeia;
• A revolução comercial, que consistiu no fantástico crescimento da atividade comercial em todo o mundo;
• A revolução dos preços, isto é, uma alta generalizada dos preços, provocada pela grande quantidade de ouro e prata vindos da América espanhola;
• A cristianização do mundo pela ação catequizadora de missionários católicos (principalmente dos jesuítas) e pela chegada de protestantes à América do Norte;
• A montagem de estruturas e sistemas coloniais nas áreas conquistadas, a desarticulação cultural dos povos conquistados e modos de produção e pilhagem e saques de riquezas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Novo Velho Governo Alkmin

Tudo igual, no país do Carnaval. Atribuição de aulas nas escolas Estaduais atravancam a vida dos professores. A cada ano, surpresas desagradáveis aos professores do Estado. É só notícia ruim... Neste ano, o horário das aulas dificultou sobremaneira a composição da carga horária, obrigando muitos professores a abandonar outras escolas fora da Rede Estadual. Obrigatoriedade de 8 horas diárias (no máximo). Qual a lógica? Se o professor dá conta de 10 ou 12 horas por dia, para liberar dias para outras escolas, por que não?
Se tivéssemos um salário decente no Estado, não haveria a necessidade de jornadas duplas ou até mesmo triplas, como é o caso de alguns colegas.
É o velho PSDB, que vem queimando o filme devido ao descaso com a educação. A lição dos professores já foi dada. Maluf e Serra que o digam. Alkimin, abra os olhos. Ninguém pisa impunemente numa categoria tão importante como a dos professores!!