terça-feira, 18 de junho de 2013

Aos brasileiros de memória curta e aos inocentes úteis


Quando digo que nas manifestações de São Paulo tem um grupo significativo de oportunistas políticos, não estou enganado e nem exagerando. Olhando as fotos e cartazes que circulam pela WEB, vi várias manifestações pró-impeachment da Presidente Dilma. Discordo veementemente. Primeiro porque vivemos num estado de direito, com instituições sólidas. Segundo porque Dilma Rousseff foi eleita pela maioria do povo brasileiro. Entendo que aqueles que não votaram nela não concordem com seu governo, mas há que se respeitar a vontade das urnas. Até porque nenhum ato da Presidente justificaria um impedimento legal. E principalmente, jovens empolgados, porque essas manifestações de hoje só podem acontecer graças à ação de brasileiros valentes, que há uns 40 anos, lutaram bravamente contra a ditadura militar. E naqueles tempos sombrios, as balas e as bombas da polícia não eram de “efeito moral” e nem de borracha. Brasileiros como Dilma Rousseff, Lula, José Dirceu, Carlos Lamarca, Marighela, José Genuíno, Fernando Gabeira e tantos outros, sacrificaram suas famílias, sua liberdade, sua juventude, para que hoje tivéssemos liberdade de gritar contra tudo que nos sufoca. Mas vejam que armadilha a política nos arma: a derrubada de Dilma Rousseff abriria um grande precedente para uma intervenção militar. Ou seja, aquela que sofreu com a prisão e a tortura pelo seu direito de protestar, seria derrubada pelo seu protesto, e graças a isso, o poder seria novamente entregue aos militares.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A EDUCAÇÃO EM ESPARTA


A  polis de Esparta, fundada pelos dórios na Planície da Lacônia, caracterizava-se como uma cidade militarizada. Uma minoria dórica, denominada socialmente Esparciata, garantia seu predomínio na polis através do uso da força das armas. O cidadão esparciata era educado desde a mais tenra idade para a vida militar. Aos sete anos, meninos e meninas recebiam educação cívica. Aprendiam o amor e a devoção à Esparta. Aos doze anos, as meninas eram dispensadas da escola, e os meninos passavam a receber a educação militar propriamente dita: montar a cavalo, usar o arco e a flecha, lutas corporais e exercícios físicos. Aos 17 anos faziam o teste final, que os habilitava ao serviço militar. A chamada Kriptia era um teste de habilidade militar. Os jovens soldados deveriam caçar e degolar, munidos apenas de uma faca, o maior número de escravos que pudessem capturar. Como os escravos se defendiam da morte, sendo autorizados a matar o soldado para se defender, a prova servia a dois propósitos: diminuir o excesso de escravos em Esparta e ao mesmo tempo eliminar o soldado despreparado.

Uma vez aprovado na Kriptia, o jovem soldado passava a viver no quartel, levando uma vida regrada e sobrevivendo com apenas uma refeição diária, para se acostumar aos rigores de uma guerra. Aos trinta anos podia casar-se, e recebia da Polis um lote de terras com escravos (hilotas). Podia ainda participar da política, ocupando diversos cargos ou compondo Ápela, a Assembleia dos esparciatas. Aos sessenta anos aposentava-se do exército e poderia participar da Gerúsia, o Conselho de Anciãos de Esparta.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A Lenda do Minotauro

Na mitologia grega, além de deuses e heróis (semideuses), existiam várias outras criaturas, muitas das quais formadas pela mistura entre seres humanos e animais. É o caso do Minotauro, o "touro de Minos". Minos pediu a Poseidon, o deus dos mares, que lhe ajudasse a tornar-se rei de Creta, pois o povo havia pedido um sinal de que Minos merecia o trono, e não seu irmão. Poseidon prometeu enviar um touro branco pelas águas do mar, mas em troca pediu que Minos o devolvesse, sacrificando-o e jogando-o novamente ao mar. Minos ficou tão deslumbrado com a beleza do touro que, após tornar-se rei, resolveu matar outro animal em seu lugar. Troca, no entanto, foi percebida, e o deus, enfurecido, fez com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Dessa paixão nasceu Minotauro, com corpo de homem e cabeça e cauda de touro. Com medo da criatura, o rei Minos ordenou a construção de um grande labirinto que se tornou a morada do Minotauro. A segunda parte do mito conta que o rei Minos, após ter um de seus filhos morto pelos atenienses, declara guerra a Atenas.
Vitorioso, exige que de tempos em tempos sejam enviados sete moços e sete moças atenienses para serem devorados pelo Minotauro. Teseu, filho de Egeu, rei de Atenas, decidido a acabar com tal crueldade, oferece-se para o sacrifício. Com a ajuda de Ariadne, filha do rei Minos que se apaixonara por Teseu, o herói ateniense entra no Labirinto, desenrolando um novelo de lã que Ariadne segurava na entrada da morada do Minotauro. Com sua força descomunal, Teseu, com um único golpe na cabeça, matou o Minotauro. Orientando-se pelo fio de lã, conseguiu sair do labirinto.