segunda-feira, 10 de junho de 2013

A EDUCAÇÃO EM ESPARTA


A  polis de Esparta, fundada pelos dórios na Planície da Lacônia, caracterizava-se como uma cidade militarizada. Uma minoria dórica, denominada socialmente Esparciata, garantia seu predomínio na polis através do uso da força das armas. O cidadão esparciata era educado desde a mais tenra idade para a vida militar. Aos sete anos, meninos e meninas recebiam educação cívica. Aprendiam o amor e a devoção à Esparta. Aos doze anos, as meninas eram dispensadas da escola, e os meninos passavam a receber a educação militar propriamente dita: montar a cavalo, usar o arco e a flecha, lutas corporais e exercícios físicos. Aos 17 anos faziam o teste final, que os habilitava ao serviço militar. A chamada Kriptia era um teste de habilidade militar. Os jovens soldados deveriam caçar e degolar, munidos apenas de uma faca, o maior número de escravos que pudessem capturar. Como os escravos se defendiam da morte, sendo autorizados a matar o soldado para se defender, a prova servia a dois propósitos: diminuir o excesso de escravos em Esparta e ao mesmo tempo eliminar o soldado despreparado.

Uma vez aprovado na Kriptia, o jovem soldado passava a viver no quartel, levando uma vida regrada e sobrevivendo com apenas uma refeição diária, para se acostumar aos rigores de uma guerra. Aos trinta anos podia casar-se, e recebia da Polis um lote de terras com escravos (hilotas). Podia ainda participar da política, ocupando diversos cargos ou compondo Ápela, a Assembleia dos esparciatas. Aos sessenta anos aposentava-se do exército e poderia participar da Gerúsia, o Conselho de Anciãos de Esparta.

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